segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

AGRADECIMENTOS


" Uma ponte por onde transitassem os sonhos (...), o movimento incessante de seus desejos, o ir e vir de suas dúvidas, o vaivém do aprendizado em constante algaravia. "

João Anzanello Carrascoza


A tarefa do Orientador Educacional comprometido com a mudança é imensa e seu aprendizado deve ser constante. Sua função consiste na educação permanente dos educandos e educadores, além de atuar como mediador entre a família e a escola. Dessa forma, não pode jamais se manter fora do processo de constante crescimento.

E com o intuito de contribuir com a construção coletiva do conhecimento em seus mais diversos âmbitos, foi criado no dia 08 de fevereiro de 2010, como um espaço de diálogo, troca e partilha de conhecimentos, o blog de Orientação Educacional da Diretoria Regional de Ensino de Colinas. Através do mesmo foi possível criar uma rede de comunicação, interação, estudo, divulgação e socialização de experiências em Orientação Educacional, proporcionando de forma ágil e democrática a participação e interação de todos e a formação permanente, continuada e em serviço do Orientador Educacional. Formação esta, necessária e prevista na Instrução Normativa Nº006, de 17 de janeiro de 2005, que a aborda da seguinte forma:


Art. 5º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:

(...)

VIII – realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.


Dessa forma, o uso do blog tornou possível assessorar o trabalho dos orientadores Educacionais das Unidades Escolares através da publicação quinzenal de material pertinente à função do Orientador Educacional na escola, além de proporcionar a realização de intercâmbio entre os Orientadores Educacionais para socialização das atividades realizadas.

Só uma Orientação atuante e contextualizada poderá contribuir para a criação de uma escola em que se pensa, em que se atua, em que se tenha consciência de que pode transformar a sociedade e que todos os envolvidos no processo educativo sejam protagonistas na construção do conhecimento e de uma sociedade mais justa, mais humana e mais solidária.

Portanto, agradeço a todos que junto conosco têm contribuído para a construção de uma Orientação Educacional mais atuante e contextualizada e tem tornado este espaço, através de suas experiências, seus textos, seus comentários e acessos, um verdadeiro ambiente de confiança, de respeito às diferenças, de partilha, de diálogo, de solidariedade, de crescimento e de parceria. Que possamos em 2011 dar continuidade a essa amizade, que para mim tem sido motivo de grande alegria e aprendizado.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Socialização de material trabalhado no Encontro de Orientadores Educacionais

Vários leitores do blog me solicitaram o material utilizado no último Encontro de Formação Continuada com Orientadores Educacionais. Dessa forma, estou socializando parte do material para quem se interessar fazer o download.




segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Encontro de Orientadores Educacionais

Aconteceu, hoje, dia 06 de dezembro de 2010, o último Encontro de Formação Continuada do ano de 2010 com os Orientadores Educacionais da Diretoria Regional de Colinas.

O Serviço de Orientação Educacional da Diretoria Regional de Ensino teve como objetivo neste ano de 2010, assessorar a reimplantação da Orientação Educacional, oferecendo às Unidades Escolares um serviço de acompanhamento, dando-lhes suporte para a realização de um trabalho, que através do Orientador Educacional, presta assistência aos alunos, ao professor, aos pais, às demais pessoas da escola com as quais os educandos mantêm contatos significativos, no sentido de que estes se tornem mais preparados para entender e atender às necessidades dos educandos, tanto com relação aos aspectos cognitivos, sociais e psicomotores, como aos afetivos.

Nessa perspectiva, no decorrer do ano trabalhamos vários temas pertinentes à atuação do Orientador Educacional e neste último encontro procuramos concluir os estudos referentes aos temas que nos dedicamos com mais afinco durante o ano, por terem sido os mais solicitados pelos Orientadores, de acordo com suas necessidades.

Dessa forma, com o intuito de promover a visualização de novas possibilidades de mudança e de atuação, durante a Formação abordamos temas como “ ( In ) Disciplina e mediação de conflitos na escola”, com dinâmicas, contexto histórico mundial e brasileiro, relatos de experiências, vídeos, projetos e orientações sobre como trabalhar a mediação de conflitos na escola.

Outro tema abordado foi a “Oficina: Construção coletiva do projeto disciplinar da instituição”, com a proposta de uma construção coletiva de projetos na escola, apresentando um instrumental metodológico para a construção do projeto disciplinar da escola, na linha do planejamento participativo, baseada no livro Indisciplina e disciplina escolar: Fundamentos para o trabalho docente, de Celso dos Santos Vasconcelos.

Com o intuito, ainda, de subsidiar os Orientadores Educacionais no registro e divulgação das ações desenvolvidas no ano de 2010, foi realizada uma Oficina de Movie Maker em parceria com a Técnica do NTE, Aldean Abreu, onde cada Orientador aprendeu a importar imagem, importar áudio ou música, criar título ou crédito, realizar transições de vídeo e montaram seu primeiro vídeo utilizando fotos de ações realizadas na escola.

Como proposta de interação e socialização das ações desenvolvidas pelo SOE na Unidade Escolar, cada Orientador Educacional teve 10 minutos para apresentar uma ação de sucesso desenvolvida pelo SOE na escola através de slide, abordando a dinâmica do trabalho, dificuldades encontradas, formas de superação das dificuldades e resultados alcançados.

Para finalizar o encontro cada Orientador Educacional foi presenteado com um CD, com capa personalizada, contendo todo o material trabalhado durante o ano de 2010: textos, vídeos, slides, projetos, palestras, oficinas, fichas e formulários para registro do SOE, mensagens, coletâneas, artigos, sugestões de sites, contos, formações, dinâmicas, coletânea de todo o material publicado no blog desde a sua criação, divulgação de ações e socialização de experiências tanto da regional como de outros estados.

sábado, 4 de dezembro de 2010

04 de dezembro: nosso dia

04 de dezembro é o dia do Orientador Educacional.


A vocês, Orientadores Educacionais da DRE de Colinas, e a todos os demais Orientadores, companheiros na busca por dias melhores e por uma educação de qualidade,



Meus agradecimentos e PARABÉNS!!!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Moinho de Sonhos

Sempre acreditei e acredito que o desenvolvimento de projetos, objetivos e a construção de sonhos em comum fazem com que se promova um ambiente de convivência onde o enfrentamento dos desafios que se apresentam aconteça de forma agradável, motivadora e produtiva. E isso acontece em qualquer âmbito de nossas vidas, seja pessoal ou profissional, promovendo o crescimento de todos os envolvidos.

Não pude, então, deixar de me emocionar com esse conto de João Anzanello Carrascoza, que retrata de forma singela essa realidade.

Moinho de Sonhos
Autor:João Anzanello Carrascoza
Ilustração: Martha Werneck.

A mulher e o menino iam montados no cavalo; o homem ia ao lado, a pé. Andavam sem rumo havia semanas, até que deram numa aldeia à beira de um rio, onde as oliveiras vicejavam.

Fizeram uma pausa e, como a gente ali era hospitaleira e a oferta de serviço abundante, resolveram ficar. O homem arranjou emprego num moinho próximo à aldeia. A mulher se juntou a outras que colhiam azeitonas em terras ao redor de um castelo. Levou consigo o menino que, no meio do caminho, achou um velho cabo de vassoura e fez dele o seu cavalo. Deu-lhe o nome de Rocinante.

Ao chegar aos olivais, o pequeno encontrou o filho de outra colhedeira - um garoto que se exibia com um escudo e uma espada de pau.

Os dois se observaram à distância. Cada um se manteve junto à sua mãe, sem saber como se libertar dela. Vigiavam-se. Era preciso coragem para se acercar. Mas meninos são assim: se há abismos, inventam pontes.

De súbito, estavam frente a frente. Puseram-se a conversar, embora um e outro continuassem na sua. Logo esse já sabia o nome daquele: o menino recém-chegado se chamava Alonso; o outro, Sancho.

Começaram a se misturar:

- Deixa eu brincar com seu cavalo?, pediu Sancho.
- Só se você me emprestar sua espada, respondeu Alonso.

Iam se entendendo, apesar de assustados com a felicidade da nova companhia. Avançaram na entrega:

- Tá vendo aquele moinho gigante?, apontou Alonso. Meu pai sozinho é que faz ele girar.
- Seu pai deve ter braços enormes, disse Sancho.
- Tem! Mas nem precisava, respondeu Alonso. Ele move o moinho com um sopro. Sancho achou graça.
Também tinha uma proeza a contar:

- Tá vendo o castelo ali?, apontou. Meu pai disse que o dono tem tanta terra que o céu não dá para cobrir ela toda.
- E se a gente esticasse o céu como uma lona e cobrisse o que está faltando?, propôs Alonso.
- Seria legal, disse Sancho. Mas ia dar um trabalhão.
- Temos de crescer primeiro.
- Bom, enquanto a gente cresce, vamos pensar num jeito de subir até o céu! - disse Alonso.
- Vamos!, concordou Sancho.

Sentaram-se na relva. O cavalo, a espada e o escudo entre os dois. Um sopro de vento passou por eles.
Já eram amigos: moviam juntos o mesmo sonho.


João Anzanello Carrascoza
Autor deste conto, é publicitário, professor da Universidade de São Paulo (USP) e autor de livros infantis, entre eles, Aprendiz de Inventor (Ed. Ática).
Fonte: Revista NOVA ESCOLA, Edição 225/setembro de 2009.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

O Caminho do Crescimento Pessoal





















Tive o prazer de participar, hoje, como palestrante, da formatura do Curso Aluno Monitor, que ocorreu às 14:30hs, na Diretoria Regional de Ensino de Colinas, com alunos das Escolas Estaduais desta Regional.


Na palestra, com o tema “O Caminho do Crescimento Pessoal”, abordei aspectos relevantes para o desenvolvimento humano desses jovens, promovendo uma reflexão sobre projeto de vida, o caminho a ser percorrido e as competências necessárias para, com esforço, dedicação e perseverança, alcançar a plenitude humana.

domingo, 31 de outubro de 2010

Subsídios para o SOE

Com o intuito de subsidiar a atuação do Orientador Educacional, no desenvolvimento de um trabalho ativo, dinâmico e interdisciplinar, voltado para as necessidades atuais, elaboramos uma Coletânea de Dinâmicas de Grupo e Textos Reflexivos para uso na escola.

Entendemos que é imprescindível o trabalho com dinâmica de grupo e textos para reflexão, pois permite que as pessoas envolvidas passem por um processo de ensino-aprendizagem onde o trabalho coletivo é colocado como um caminho para se interferir na realidade, modificando-a. Isso porque a experiência do trabalho com dinâmica promove o encontro de pessoas onde o saber é construído junto, em grupo.

Essa coletânea está organizada da seguinte forma:

● 16 dinâmicas de apresentação;
● 48 dinâmicas de integração e conhecimento;
● 18 textos para reflexão;
● 41 mensagens em slide;

Elaboramos, também, dois projetos. Um deles sobre Bullying na escola, com o objetivo de propiciar situações de construção e valorização de valores positivos dentro da escola.

O outro projeto, sobre Motivação e Liderança, com o intuito de enriquecer o trabalho desenvolvido com representantes de turma e o Grêmio Estudantil.

Espero que esse material possa enriquecer o trabalho do Orientador Educacional na Unidade Escolar, contribuindo a partir das dinâmicas, textos e projetos apresentados, de tal forma, que possa ajudar a superar bloqueios, barreiras, medos e provocar abertura, diálogo, sinceridade, confiança, colaboração e compromisso, levando o grupo a um maior trabalho em equipe, ao crescimento do grupo e à transformação das relações ao participarem ativamente do processo de aprendizagem.

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Conselho Nacional de Justiça lança cartilha sobre bullying nesta quarta (20/10/2010)


Material tira dúvidas e ajuda identificar o problema.
Publicação será distribuída nas escolas públicas e particulares do país.


O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou, nesta quarta-feira (20), uma cartilha para ajudar pais e educadores a prevenir o problema do bullying nas suas comunidades e escolas. O material foi apresentado no seminário do Projeto Justiça na Escola, que aconteceu na Escola de Magistratura Federal (ESMAF), às 9h, em Brasília.


De autoria da psiquiatra, Ana Beatriz Barbosa Silva, que também escreveu o livro “Bullying: Mentes Perigosas nas Escolas", a cartilha traz perguntas e respostas que ajudam a identificar e tratar o problema. O material será distribuído nas escolas das redes de ensino público e privada do país, além de conselhos tutelares e varas da infância e juventude.

A cartilha é direcionada a professores e funcionários das escolas, além dos pais. A cartilha ensina a identificar no estudante sinais de violência física ou psicológica. Ela mostra também como o agressor escolhe a vítima.

A cartilha fala também sobre o bullying virtual, que muitas vezes é anônimo e sem chance de defesa para a vítima.


Fonte:
A cartilha pode ser baixada no site do CNJ, o http://www.cnj.jus.br/images/Justica_nas_escolas/cartilha_web.pdf

sábado, 16 de outubro de 2010

Apenas uma ponte

Maravilhoso este conto de João Anzanello Carrascoza, escrito a pedido de NOVA ESCOLA, em que um educador vislumbra os sucessos e fracassos colecionados ao longo de seu trabalho durante um ano letivo.

Li e lembrei-me da Professora Maria Benitez, que ainda no mês de agosto deste ano (no Encontro de Orientadores Educacionais e Coordenadores Regionais de Gestão Pedagógica), nos falou tão bem sobre a nossa missão de ser ponte.
Leia e aprecie também...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Caminhos de uma Educação para a Paz

Professores resolvem conflitos no DF na base da conversa


Pesquisa encomendada pela Secretaria de Educação do Distrito Federal mostra que 69,7% dos alunos da rede pública afirmam já ter visto algum tipo de agressão física no colégio.

Vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=SNp6s4uS9eo


Confira como Escolas de Periferia do DF conseguiram conter a violência através de um curso de mediação de conflitos, onde quem atua como mediadores são os próprios alunos e professores. Clique aqui

Fonte: Fantástico, Rede Globo, 19/09/2010

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Formação Continuada de Orientadores Educacionais


Dando continuidade à nossa Formação Continuada, que acontece não só presencial mas também à distância, estou postando textos para estudo sobre o tema Indisciplina e disciplina escolar.


Na avaliação da Formação Continuada com Orientadores Educacionais ocorrida em 11 e 12 de março de 2010, no espaço destinado a sugestões de temas a serem abordados nos próximos encontros, 60% dos Orientadores solicitaram indisciplina escolar.


Dessa forma, iniciamos o trabalho com esse tema no dia 17 de agosto, abordando diferentes aspectos sobre a indisciplina na escola. E por ser um tema que não se esgota após 04 horas de estudos, reflexões e discussões, daremos continuidade ao estudo sobre o tema. Mensalmente serão postados textos que ofereçam subsídios formativos e após a leitura haverá uma interação, onde cada Orientador Educacional irá postar em seu blog um texto produzido a partir do estudo, contribuindo com seus saberes, seus valores e suas experiências, nessa complexa tarefa de melhorar a qualidade da educação em nossas escolas.

Portanto, prosseguiremos esse estudo a partir dos textos "A questão do méthodos de abordagem da (in) disciplina escolar" e "(In) disciplina em sala de aula e na escola: o que se passa?", de Celso Vasconcelos, retirado do livro Indisciplina e disciplina escolar-fundamentos para o trabalho docente.

Agosto: Mês de muitas realizações

Iniciamos o segundo semestre motivados, promovendo e participando de momentos importantes para o nosso trabalho na Orientação Educacional. Dessa forma, agosto foi bastante recheado de acontecimentos, porém irei mencionar somente alguns:

03 a 05 de agosto: Participação da Formação para Orientadores Educacionais das Diretorias Regionais de Ensino, em Palmas-SEDUC.

13 e 14 de agosto: Formação Continuada com Coordenadores Pedagógicos/DRE-Colinas



17 e 18 de agosto: Formação Continuada com Orientadores Educacionais/DRE-Colinas










24 de agosto: Apresentação do trabalho de apoio à criança e ao adolescente desenvolvido pela Orientação Educacional na Diretoria Regional de Ensino, para representantes do Prêmio ITAÚ-UNICEF

27 de agosto: Participação no Conselho Municipal Antidrogas, onde ocorreu discussão e aprovação da Minuta de recomendação Nº001/2010, a qual foi encaminhada ao Ministério Público solicitando uma Clínica de Desintoxicação, a regionalização do CAPS-AD, ou pelo menos, convênio com a clínica particular de desintoxicação existente no estado(Fazenda da Esperança).

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Formação de atitudes

Formação moral e ética dos alunos-cidadãos

Ajude os alunos a se tornar cidadãos propondo ações de caráter reflexivo e não moralizador (Catarina Iavelberg -gestao@atleitor.com.br)

"O trabalho educacional que mobiliza conteúdos atitudinais precisa estar nas ações cotidianas."


Um dos desafios contemporâneos da escola é contribuir para a formação moral e ética dos alunos-cidadãos. É fundamental que, nos espaços educativos, seja construída e problematizada a participação do indivíduo na vida pública - o que demanda a consciência de realidades, conflitos e interesses individuais e sociais, o conhecimento de mecanismos de controle e defesa de direitos e a noção dos limites e das possibilidades de ações individuais e coletivas.

Como ninguém nasce cidadão, a ideia de participação social precisa ser permanentemente construída. Há vários caminhos para ensinar normas, valores e atitudes passíveis de (re)organizar as relações para uma convivência justa. O trabalho educacional que mobiliza conteúdos atitudinais precisa estar nas ações cotidianas e fazer parte dos objetivos de aprendizagem. Diversas atividades pedagógicas levam a reflexões e ao entendimento crítico dos eventos que ocupam e preocupam a vida de todos nós:

- Leitura de textos literários A estratégia favorece a discussão de temas transversais (trabalho, consumo, orientação sexual, meio ambiente, relações de gênero etc.) e aposta na identificação dos alunos com os personagens das narrativas para ampliar a capacidade de reflexão.

- Apresentação e análise de dilemas morais Por meio da exposição de situações-problema, as crianças e os jovens são convidados a refletir sobre a complexidade das relações e dos afetos e a elaborar estratégias de ação.

- Participação de estudantes na gestão da vida coletiva A proposta estimula o senso de responsabilidade, a autonomia e a organização dos coletivos ao colocar os alunos como membros de conselhos de classe, assembleias, grêmios ou outras instâncias representativas.

- Leitura crítica de textos que tratam de direitos fundamentais O objetivo não é explicar documentos como a Declaração dos Direitos Humanos ou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), mas promover a apropriação dos princípios e valores presentes neles para analisar como podem ser utilizados para denunciar situações e exigir modificações na sociedade.

- Atuação em trabalhos voluntários A ação em projetos sociais ou socio-ambientais leva ao desenvolvimento da capacidade de cooperação e de argumentação com base na realidade.

Percorrendo diferentes caminhos, essas estratégias incentivam a reflexão sobre novas possibilidades de relações humanas - que estão ligadas à compreensão de como o poder é exercido e como se delineiam as responsabilidades inerentes às interações sociais.

Nesse contexto, cabe ao orientador educacional assegurar que essas ações tenham sempre um caráter formativo, nunca moralizador. O ideal é trabalhar junto com a equipe de professores na introdução curricular de práticas que ampliem as possibilidades de reflexão e ação dos alunos dentro e fora do contexto escolar. Porém o mais importante é assegurar o princípio ético que rege essas práticas, garantindo que a escola, enquanto instituição socializadora, forme cidadãos comprometidos com a elucidação dos problemas do mundo e com soluções que busquem uma vida boa, digna e justa para todos.


Mais sobre Gestão da Aprendizagem
Vídeos :



Artigo:
• Telma Vinha, professora da Unicamp, escreve sobre a autoridade autoritária

Catarina Iavelberg
É assessora psicoeducacional especializada em Psicologia da Educação.

Edição 008 Nova Escola Junho/Julho 2010

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Para ler nas Férias!

Estou lendo e recomendo!
Neste livro, Gabriel Chalita chama a atenção de pais, professores e educadores para as consequências do bullying, um problema crescente no mundo inteiro, oriundo da falta de amizade entre as pessoas, em especial entre as crianças em fase escolar. Aborda, ainda, histórias reais de sofrimento e de felicidade, exemplos de fracasso, mas também de sucesso. São histórias de dor e de superação usadas para ajudar a compreender a beleza da amizade como antídoto para o veneno social do bullying.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

Vale a pena ler!

Recomendo a leitura desses textos do Professor José Manuel Moran, especialista em mudanças na educação presencial e à distância, Doutor em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo.

Aqui você encontra interessantes reflexões e textos sobre a educação inovadora e os conflitos que enfretamos no cotidiano educacional. Clique e Confira:

A escola que desejamos e seus desafios

A afetividade e a autoestima na relação pedagógica

A importância dos gestores inovadores

Educação pessoal libertadora

A atitude de querer mudar

Caminhos para a nossa realização

Para quem quer ler mais: www.eca.usp.br/prof/moran/educacao.htm

domingo, 30 de maio de 2010

Encontro Regional do Grêmio Estudantil



Nesta sexta-feira, dia 28 de maio de 2010, no período de 8h 30 às 18h, na sala de reunião da Diretoria Regional de Ensino de Colinas, 50 representantes dos Grêmios Estudantis, além de Orientadores Educacionais, Coordenadores pedagógicos, professores e Gestores das Escolas Estaduais da Regional de Colinas, participaram do Encontro Regional dos Grêmios Estudantis, que teve como objetivo a capacitação de lideranças estudantis e o fortalecimento da participação dos Grêmios Estudantis na gestão escolar.
A pauta do Encontro contemplou a apresentação do trabalho da DRE/SEDUC; Democracia na Escola; Protagonismo Juvenil; Conservação do Patrimônio; Os desafios da Escola e a Contribuição do Colegiado Estudantil; Motivação para a vida escolar e pessoal; Depoimentos de dois ex-gremistas, os jovens Márcio e Edna, que atuaram como líderes no combate à Evasão Escolar, no CEM Castelo Branco - Colinas; a participação da Diretora Regional, profª Iolanda Coelho de Castro e do Diretor de Programas e Projetos da SEJUV – Secretaria da Juventude, o Senhor Fábio Lima.
Durante o dia inteiro, os alunos participaram de palestras, trocaram experiências, realizaram dinâmicas e reflexões sobre as características, atribuições e perfil de liderança e compromisso ético. A partir da participação dos alunos, acreditamos que esse encontro irá contribuir para que se promova na escola uma relação de diálogo entre educador e educando, para que juntos possam estabelecer uma relação de parceria, afetividade e cumplicidade, exercendo um papel fundamental para as práticas do cotidiano escolar.

De acordo com as alunas Fabriciana Pereira e Érika Michele, do Colégio Estadual Zico Dornelas, de Juarina-TO, “Esse Encontro foi excelente. Agradecemos à DRE de Colinas pela oportunidade de estarmos adquirindo novos conhecimentos sobre liderança e protagonismo estudantil, por todas as informações e socialização de experiências, as quais foram trabalhadas com muita qualidade e motivação, com certeza contribuirão para a nossa integração tanto na escola como na sociedade. Sugerimos que ocorram mais encontros como este durante o ano.”

terça-feira, 11 de maio de 2010

Reunião com pais

Sugiro como pesquisa de material para trabalhar na reunião com os pais, os seguintes sites com textos interessantes como:

Site: www.educador.brasilescola.com


Dicas para realização de reunião de pais
http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/dicas-para-realizacao-reuniao-pais.htm

Acompanhando os Estudos dos Filhos
http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/acompanhando-os-estudos-dos-filhos-1.htm

Tarefa de casa
http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/tarefa-casa-1.htm

A função da reunião de pais
http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/a-funcao-reuniao-pais.htm

Estudo dos Filhos, Dever de Casa dos Pais
http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/estudo-dos-filhos-dever-casa-dos-pais.htm

Desempenho Escolar
http://www.educador.brasilescola.com/orientacao-escolar/desempenho-escolar.htm

A importância de planejar o estudo
http://www.educador.brasilescola.com/sugestoes-pais-professores/a-importancia-planejar-estudo.htm

Amizade Entre Mãe e Filhos
http://www.educador.brasilescola.com/comportamento/amizade-entre-mae-filhos.htm

Trabalhando a questão do limite
http://www.educador.brasilescola.com/comportamento/trabalhando-questao-limite.htm


Site: www.educarparacrescer.com.br


8 razões para ir à reunião de pais e mestres
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/importancia-reuniao-pais-mestres-427311.shtml?page=page2

Como ajudar na educação dos filhos
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/como-ajudar-educacao-filhos-395321.shtml

TESTE : Participação dos pais na escola
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/testes/participacao-familiar.shtml

Lição de casa: um dever para todo dia
http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/licao-de-casa-547565.shtml

Pais + escola = sucesso!
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/materias_296145.shtml?page=page2

Ajude seu filho a passar de ano: Operação salva-boletim
http://educarparacrescer.abril.com.br/comportamento/operacao-salva-boletim-396311.shtml

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Gestão Escolar e Orientação Educacional



Estou disponibilizando esses artigos, publicados na revista Gestão Escolar, que abordam aspectos relevantes do cotidiano do Orientador Educacional.



Atividades colaborativas melhoram o aprendizado individual e coletivo
Artigo de Catarina Iavelberg sobre como as atividades coletivas levam à melhoria da aprendizagem individual e dos grupos.

Hora do recreio: as lições do intervalo

Artigo de Catarina Iavelberg sobre como observar as relações entre os alunos nos intervalos das aulas.

Artigo de Catarina Iavelberg sobre o papel do orientador educacional.


Artigo de Fernando Colli sobre inclusão

É imprescindível que tenhamos um bom planejamento do nosso trabalho, reservando momentos para estudos, pois o aprimoramento profissional dentro do ambiente de trabalho, através da formação em serviço, é um eficiente instrumento para a melhoria do ensino.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Tecnologias na educação

Estou participando do Curso "Ensinando e Aprendendo com as TICs". Para divulgar e socializar as experiências e estudos sobre as Tecnologias na Educação, criei um blog com o material do curso. É um material riquíssimo, com vídeos, slides, sugestões de sites interessantes e textos sobre o tema. Estarei constantemente postando novos materiais. Clique no link do e-proinfo ao lado.

Visite-o sempre!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Interação entre Orientadores Educacionais


Que bom, já começaram a acontecer algumas publicações nos blogs!Acredito que aos pouco dominaremos este instrumento e o aperfeiçoaremos, intensificando nossa interação e comunicação.
Gostaria de instigar uma discussão e troca de experiências através do texto:
“Reflexões sobre os bimestres e o conselho de classe...”
Estou aguardando, nos dias 19 a 29 de abril de 2010, no blog, contribuições de todos sobre o texto, a partir dos seguintes questionamentos: sua participação e contribuição como Orientador no primeiro conselho de classe, encaminhamento do trabalho do SOE a partir das dificuldades discutidas, decisões tomadas no conselho de classe e relato de experiências.

sexta-feira, 9 de abril de 2010

Orientação Educacional em Ação

Este é o título do blog do Orientador Educacional da Escola Paroquial Nossa Senhora Aparecida, Edvan do Prado Soares. Vale a pena visitar. Lá vão encontrar interessantes publicações sobre o trabalho realizado pelo SOE, como:

· SOE e a formação de lideranças na escola;
· SOE e o Projeto Político Pedagógico da Escola;
· SOE e os paradigmas contemporâneos.

Com certeza são publicações que enriquecerão nossa rede de comunicação, interação, divulgação e socialização de experiências.
Valeu, Edvan!
Obs: Aproveite a oportunidade e participe fazendo o seu comentário.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Comemorando a vitória!!!

"A maior vitória na competição é derivada da satisfação interna de saber que você fez o seu melhor e que você obteve o máximo daquilo que você deu." (Howard Cosell)
Nesta segunda-feira começaram as disputas da Gincana Literária entre alunos de diferentes Dre - Diretorias Regionais de Ensino. O primeiro embate aconteceu entre a turma da Dre de Colinas e os alunos da regional de Tocantinópolis. Cada regional selecionou 30 estudantes de várias faixas etárias, para representar a Dre na competição. Destes, dez subiram ao palco do Espaço Jovem para participar das provas. E a disputa foi acirrada. Os jovens mostraram seus atributos e virtudes em poesia, grito da torcida, hip-hop, soletração, além da prova responda se puder, que consiste em responder questões sobre a vida e a obra dos homenageados do Salão do Livro: Carlos Drummond Andrade e Odir Rocha. Após muita disputa a Dre de Colinas levou a melhor e faturou o prêmio de R$ 800,00 em Cartões Livros, um incentivo da Brasil Card.
PARABÉNS a todos, alunos, professores, diretores, pais, Unidades Escolares e funcionários da Diretoria Regional de Ensino de Colinas pela vitória na II Gincana Literária, no 6º Salão do Livro, em Palmas. Valeu o esforço!

segunda-feira, 15 de março de 2010

Sites Interessantes

Recomendo esses três sites aos Orientadores Educacionais. São interessantíssimos e podem enriquecer o nosso trabalho nas Unidades Escolares.

sexta-feira, 12 de março de 2010

Formação Continuada em rede



O modelo de formação continuada proposto para os Orientadores Educacionais da Rede Estadual de Educação baseia-se na estrutura em rede. Para levar a efeito esse processo de formação, serão utilizados os recursos tecnológicos disponíveis. E para iniciarmos esse trabalho promovemos, em parceria com a técnica do NTE, Aldean Abreu, uma oficina de criação de blog. Através da criação do blog de Orientação de cada Unidade Escolar, pretende-se construir uma rede de comunicação, interação, divulgação e socialização de experiências, possibitando a participação de todos na construção do conhecimento. Confira na faixa direita do blog, os blogs dos Orientadores das Unidades Escolares.


1º ENCONTRO DE ORIENTADORES EDUCACIONAIS

Acontece nos dias 11 e 12 de março de 2010 o 1º Encontro de Orientadores Educacionais na Diretoria Regional de Ensino de Colinas do Tocantins. Com o objetivo de implantar uma Orientação Educacional com uma nova prática, um novo olhar, comprometida técnica e politicamente com as exigências do contexto atual, serão abordados os seguites temas: estudo do histórico da Orientação Educacional, uma nova prática de Orientação educacional, temas relevantes para a atuação do Orientador, instrumentos necessários ao trabalho do Orientador, plano de trabalho e a socialização de experiências.

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Projeto Político Pedagógico: hora da avaliação

Início de ano, momento para reunir a equipe, pensar nos desafios coletivos e propor formas de superá-los


"O processo de avaliação institucional, quando bem realizado, permite elucidar os problemas da escola."

O início do ano representa, para as mais diferentes áreas, o momento de refletir sobre o ciclo percorrido e fazer projetos. Na escola, não é diferente. O início do período letivo traz a oportunidade ao orientador educacional e a todo o grupo de gestão de fazer um levantamento das demandas coletivas, das metas educacionais e das ações necessárias para realizá-las durante o ano. O processo de avaliação institucional, quando bem realizado, permite elucidar os problemas da escola. E toda a comunidade é envolvida na busca de soluções. Existem diversas maneiras de realizar esse trabalho. O número de participantes e a qualidade das relações interpessoais determinam as estratégias mais eficientes. Ele pode ser feito em diferentes espaços e por meios variados (em reuniões de equipe, via internet ou com o uso de questionários ou urnas, quando é preciso que todos se manifestem) e organizado por séries, ciclos ou segmentos. O essencial nessa ação é criar dispositivos para que todos - alunos, pais, professores, funcionários e gestores - sejam convidados a pensar nos desafios coletivos que a escola enfrenta e se responsabilizar pelas mudanças necessárias para superá-los. Para que a avaliação seja bem-sucedida, é necessário, antes de tudo, focar apenas os assuntos e objetivos institucionais que dizem respeito a toda a comunidade e dividir o trabalho em duas etapas.
  1. A primeira delas envolve o levantamento das demandas, isto é, de tudo aquilo que o grupo identifica como sendo um problema que afeta a todos. Entre os desafios educacionais que exigem tratamento institucional, é comum aparecerem problemas relativos aos trabalhos em grupo dos alunos, ao conselho de classe, à alimentação, à indisciplina, ao bullying, ao uso da internet, à comunicação com os pais e ao sistema de avaliação.

  2. Na segunda fase, faz-se uma análise dos assuntos que preocupam e elege-se pelo menos um grande tema que inclua a parte mais significativa das demandas. Como essa escolha não é fácil, sugiro escolher sempre aquele que mais afetou a aprendizagem durante o ano. Feito isso, os envolvidos precisam se debruçar sobre a questão para identificar formas de solucioná-la ou minimizá-la.

Essas atividades demandam reflexões de duas ordens:

- A constatação do problema e o levantamento das origens e das consequências.

Uma escola que, por exemplo, tenha definido como uma dificuldade institucional a baixa adesão dos alunos à realização das lições de casa pode começar a se perguntar por que e para quem isso é um problema. Como esse fenômeno se desenvolve ao longo da escolaridade? Quando os alunos deixam de fazer as tarefas? Há um período do ano de maior ou menor produtividade? Quais as intenções dos professores com as propostas das lições? Em que momento da rotina o docente anuncia os deveres para os alunos? Eles são retomados em sala de aula? Quais as intenções pedagógicas do professor com esses trabalhos? Qual o sentido que os alunos atribuem às atividades? Existe alguma regra para aplicar a quem faz e a quem não faz as lições? O que dizem os estudantes que realizam e os que não executam as tarefas? E os pais, o que pensam? Como participam?

- Definição das ações que visam solucionar a questão e a meta pretendida.

Esclarecida a natureza do problema, começa a busca pelas formas de resolvê-lo. Ainda no exemplo das lições de casa, uma possibilidade é propor que elas se tornem um tema das reuniões pedagógicas. Nos encontros, gestores e professores têm oportunidade de investigar os diferentes modelos de tarefa para os alunos e trocar experiências de atividades que envolveram as turmas. Os gestores podem definir, por exemplo, os princípios que vão orientar a elaboração dos deveres de casa e como ele precisa ser problematizado em sala de aula. O tipo de controle sobre a quantidade e a qualidade dos conteúdos também entra na discussão desse fórum, assim como a relevância de atribuir nota a essas atividades.

Nessa dinâmica, a orientação educacional atua junto aos alunos, trazendo uma reflexão: esse o problema é pessoal ou coletivo? Os pais também devem ser envolvidos, pois podem ajudar na apresentação de soluções. Antes, porém - ainda no exemplo das tarefas de casa -, eles precisam ser ouvidos sobre as dificuldades em regular as atividades das crianças e trazer sugestões. Certa vez, uma mãe conseguiu que uma organização não-governamental, próxima à escola, montasse um espaço com recursos humanos e tecnológicos para que as crianças que não tinham acompanhamento em casa fizessem as lições na sede da instituição no período da tarde.

Definidas as intervenções, parte-se para a próxima etapa, que consiste em estabelecer coletivamente as metas, assim como os indicadores que apontarão se elas foram ou não alcançadas. Por fim, é importante estabelecer um prazo para que seja possível fazer a verificação do impacto das ações propostas inicialmente. Todo processo de avaliação coletivo é trabalhoso, conflituoso e exige tempo, disposição e muita reflexão. Porém, ao mesmo tempo, ele promete resultados bastante significativos para toda a escola, os alunos e a comunidade.

Nova Escola Edição 005 Dezembro 2009/Janeiro 2010

Catarina Iavelberg
É assessora psicoeducacional especializada em Psicologia da Educação.

Currículo oculto

Como agir em relação aos conteúdos que são ensinados e aprendidos de forma não explícita na escola


“As ações serão eficazes quando contribuírem para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem.”

A orientação educacional tem o compromisso de auxiliar a escola em sua função socializadora, criando ou reformulando ações pedagógico-educacionais e favorecendo a articulação de valores que resultem em atitudes éticas no âmbito do convívio social. Ainda que a instituição não conte com um cargo específico para essa função, suas atribuições precisam ser realizadas no dia-a-dia. Como esse campo se ocupa em desenvolver estratégias para a aprendizagem dos conteúdos atitudinais, um dos papéis mais importantes do orientador é gerenciar o currículo oculto.
A maior parte dos problemas tradicionalmente enviados para a sala dele (exclusão de sala de aula, furto, briga, bullying, mau uso dos espaços coletivos, cola em provas, plágio de trabalho, atitude de desrespeito ao professor) está vinculada a esses “conteúdos” que são ensinados e aprendidos de forma não explícita nas relações interpessoais que se constroem na escola. Trata-se de um equívoco acreditar que esse educador deva se ocupar exclusivamente dos alunos (em especial os tidos como indisciplinados e os que têm baixo rendimento) e de suas famílias. Infelizmente, ainda existem escolas que trabalham nessa perspectiva antiquada e “psicologizante”, que posiciona o orientador educacional como alguém destinado a abafar (e não resolver) os conf litos na base da mediação com estudantes, pais e professores. Esse modo de atuar, eticamente ineficaz, faz com que esse profissional muitas vezes se sinta como um bombeiro, que todos os dias apaga incêndios e deixa brasas pelo caminho. Fechado numa sala geralmente distante dos espaços onde o currículo oculto se manifesta, ele acaba brincando de investigador de polícia, juiz ou psicólogo clínico. Alguns ficam constrangidos por terem de atuar assim. Mas há os que exercitam com satisfação esses pequenos poderes.
Uma abordagem contemporânea do trabalho compreende outras competências para o orientador educacional. Ele deve ter certo distanciamento da demanda aparente (queixa) para promover uma escuta analítica que o leve a identificar os agentes, os valores e os conf litos nela envolvidos. Também está sob sua responsabilidade desencadear ações que ampliem o diálogo e a compreensão entre os protagonistas da comunidade, sem jamais negar a natureza dos
conf litos.
O exercício dessas competências só é possível quando o orientador educacional deixa a rotina de sua sala e se insere em outros espaços para procurar e explicitar os elementos do currículo oculto. As ações serão eficazes quando contribuírem para melhorar a qualidade do ensino e da aprendizagem, o que requer a interlocução com a equipe docente e o entendimento do sujeito como um ser histórico, crítico e social. Embora o orientador educacional não seja um especialista nas didáticas – essa é a especialidade do coordenador pedagógico –, ele deve ser capaz de identificar se a ação docente está de acordo com os princípios que norteiam o projeto pedagógico da escola. É imprescindível sua participação nos momentos de formação dos professores, desenvolvendo estratégias para problematizar o convívio e as relações entre as pessoas. Trata-se de promover coletivamente o abandono do discurso pessimista e paralisador do fracasso da escola e do aluno e debruçar-se sobre os obstáculos que precisam ser superados. Existem diversos aspectos que compõem uma boa parceria entre o educacional e o pedagógico. A seguir, alguns exemplos:
• Compartilhar as observações do cotidiano escolar que ajudem a descobrir os aspectos do currículo oculto.
• Problematizar temas relacionados à qualidade do convívio, tais como valores, uso do espaço coletivo, furtos, violência, questões de gênero, preconceito etc.
• Refletir sobre a formação ética do sujeito social por meio da análise dos temas transversais nas diversas disciplinas e da seleção dos temas sociais complexos e o momento mais apropriado para introduzi- los em situações de aprendizagem.
• Investigar a escola sob novos paradigmas, entrando em contato com a produção de teóricos da ciência, da sociologia e da psicologia da Educação.
• Compreender as características da diversidade da família moderna e seus impactos na Educação.
• Informar-se sobre as principais características dos alunos com necessidades educativas especiais e como garantir a socialização e a aprendizagem.
• Construir acordos educativos coletivos que comuniquem o resultado da reflexão da instituição sobre as práticas e sirvam de parâmetros para futuras ações.
A integração do educacional com o pedagógico só funciona nas escolas que acreditam e apostam na troca de experiências e saberes, com o apoio institucional necessário e a adesão de gestores e docentes que não temem buscar oportunidades para propiciar o desenvolvimento de suas competências profissionais.

CATARINA IAVELBERG é assessora psicoeducacional especializada em Psicologia da Educação.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Mudança de série


Juntos, orientador e professores devem planejar ações para auxiliar as adaptações dos alunos
Catarina Iavelberg


A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, do 5º para o 6º ano e mesmo do
Fundamental para o Ensino Médio costuma gerar ansiedade e incerteza. É comum que professores, coordenadores e diretores sejam bombardeados no fim do ano letivo com perguntas dos pais, que estão ansiosos sobre as mudanças na futura rotina dos filhos. "As crianças vão mudar de turma?" "Quem serão os novos professores?" "A escola ficará mais exigente?" "Vai aumentar a lição de casa?" "Como será a partir do 6º ano, com tantos professores?"
É assessora psicoeducacional especializada
em Psicologia da Educação.
"E o Ensino Médio? Ele prepara para o vestibular ou é profissionalizante?" Soma-se a isso a sensação de insegurança de muitos alunos em relação à etapa seguinte.
Alguns chegam a pedir para faltar nos primeiros dias de aula por temer o desconhecido ou
o contato com os colegas mais velhos.
Outros têm de se adaptar a uma escola diferente, uma vez que nem sempre as instituições oferecem todos os segmentos da Educação Básica. Lidar com esse quadro sensível é responsabilidade da Orientação Educacional, que deve atuar na integração da comunidade escolar com o trabalho pedagógico. Cabe ao orientador gerenciar as mudanças do cotidiano, incentivando a equipe docente a elaborar estratégias que auxiliem a adaptação dos alunos às novas demandas. Não se trata apenas de definir as turmas do ano seguinte (tarefa que é muito importante), mas desenvolver ações educacionais com os estudantes e sua família para fortalecer o convívio entre todos. Esse planejamento vai ajudá-los a compreender a mudança de série como um passo para uma etapa mais complexa da escolaridade. Uma das atividades indicadas é aproximar os estudantes da turma que cursa a série acima. É possível convidar as crianças da Educação Infantil ou do 1º ano do Ensino Fundamental para apreciar a produção dos colegas mais velhos, assistir a um seminário feito por eles e à apresentação de um trabalho ou participar de um debate. Observar os outros em situação de aprendizagem ajuda a tirar possíveis temores em relação aos "grandes", produz admiração e um tipo de identificação que estimula o desejo de crescer. É interessante fazer um levantamento das expectativas da turma em relação ao ano seguinte e convidar os colegas mais adiantados para uma conversa. Essa estratégia costuma ser eficaz com os que estão no 5º e no 9º ano do Ensino Fundamental. Quem está cursando o 6º ano e já passou pela mudança de segmento pode relatar as experiências dando dicas aos menores. A ideia é falar sobre as maneiras de gerenciar o tempo de estudo e lidar com a diversidade de professores. Do mesmo modo, os estudantes do Ensino Médio orientam os do 9º ano quanto aos cuidados que devem ter em relação às novas disciplinas e demandas. Outra ação bastante eficiente para despertar interesse e compromisso nessa fase de mudança é o planejamento de uma visita, a ser realizada no fim do ano, aos espaços que eles irão ocupar futuramente. Os mais velhos são convidados a atuar como cicerones dos mais novos. O (re)conhecimento antecipado dos novos professores e dos lugares de convivência e de circulação ajuda a transformar a insegurança em uma expectativa positiva. Preparar uma aula inaugural a ser dada com a futura equipe docente também é uma proposta muito bem-vinda. Esse torna-se o momento ideal para apresentar aos estudantes os objetivos e o currículo da próxima etapa. E, se a sua escola não tem a continuidade da Educação Básica, um bom caminho é construir parcerias com outras instituições. Não podemos esquecer que todas as ações planejadas para os alunos devem estar articuladas a outras atividades, com foco na família. As reuniões de pais e toda a comunicação realizada com eles são importantes ferramentas para informar sobre eventuais mudanças na rotina dos estudantes e orientá-los no sentido de ajudar crianças e jovens a enfrentar os novos desafios pedagógicos e pessoais que terão pela frente: maior quantidade de lições de casa, mais tempo de permanência na escola, aumento no número de disciplinas ou de alunos por sala etc. Os pais podem ser orientados a gerenciar a rotina dos filhos, garantindo o equilíbrio entre o tempo destinado aos estudos e as outras atividades. As ações educacionais que visam à adaptação e à integração das turmas no início do ano letivo, como atividades esportivas e culturais, também são bastante importantes. Vale ressaltar aqui a necessidade de dedicar atenção especial aos alunos recém-chegados, um fator que contribui significativamente para a qualidade do convívio escolar entre todos. Ao eleger colegas cicerones responsáveis por apresentar o espaço e a dinâmica da instituição aos novatos, por exemplo, você propicia o fortalecimento da integração do grupo. Se a escola contar com um grêmio estudantil, poderá convidar esse grupo para ajudar a promover atividades de aproximação. Parece paradoxal, mas é fundamental criar diferentes estratégias que auxiliem todos os alunos (e cada um deles) a superar os desafios enfrentados ao longo da escolaridade e, ao mesmo tempo, trabalhar para que essas exigências se tornem cada vez mais complexas.

Nova Escola Edição 004 Outubro/Novembro 2009

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

A importância do Orientador Educacional na escola

A escola é o lugar onde o aluno aprende a conhecer a si mesmo, ao outro, a se comunicar e a interagir com a sociedade. Cabe, então, à escola, respeitar a individualidade de cada um, proporcionando experiências e vivências significativas que venham contribuir para que essa aprendizagem aconteça de forma prazerosa. E oferecer uma educação de qualidade, voltada para o desenvolvimento e crescimento do ser humano. A escola é, então, o local onde os alunos buscam a orientação necessária para a realização de construções significativas que possibilitem esse desenvolvimento.
Nesse contexto, a contribuição do Orientador Educacional é de suma importância para essa construção, pois esse profissional promove a verdadeira integração que torna cada pessoa sujeito, estabelecendo um sistema de relações libertadoras em todas as dimensões da comunidade educativa. Abre espaço para todas as pessoas envolvidas no processo ensinoaprendizagem, para que sejam agentes do próprio conhecimento e co-responsáveis nas relações libertadoras, visando autonomia e interdependência dos serviços e pessoas.
O Orientador é o profissional dentro da escola que pode encontrar alternativas de ações que possibilitem ao professor rever sua prática, rever a forma como se relaciona com os educandos e seus próprios colegas educadores, descobrir que tipo de professor é, construir seu próprio conhecimento e sua identidade profissional. Ele deve ter como propósito atuar como elo entre escola e família, buscando sempre um bom ajustamento do educando para alcançar o bom desenvolvimento de suas competências. Deve assumir funções de assistência ao professor, aos pais, às pessoas da escola com as quais os educandos mantêm contatos significativos, no sentido de que estes se tornem mais preparados para entender as necessidades dos educandos tanto com relação aos aspectos cognitivos e psicomotores, como aos afetivos.
Portanto, a construção aberta para o diálogo, a troca, o respeito, o prazer pelo conhecimento e a valorização do ser humano é a chave para uma boa atuação e a valorização do orientador educacional e para a formação de uma sociedade constituída de cidadãos que gozam de liberdade e autonomia, possibilitando uma convivência feliz.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

SOE - Serviço de Orientação Educacional



Vídeo sobre a atuação do Orientador Educacional como elo entre família e escola, possibilitando a valorização do ser humano e o desenvolvimento integral do educando.